(music theme: glory box – portishead)
(Point Of
View Sr. Schneider)
Respirei fundo antes de derrubar a caneta
encima da mesa. A tela do computador desligou descansando, quando espichei o
meu corpo sobre a poltrona. Duas batidas na minha porta, quando Makenna colocou
sua cabeça loira para dentro da sala timidamente.
-
Com licença, Sr. Schneider?
-
Sim Makenna.
-
Sr. Schneider, aqui está a fixa da Srta. Storm como o senhor pediu.
Insegura
Makenna entrou em minha sala.
Ela
era nova e tal como ainda estava em processo de adaptação, embora eu não tivesse
dúvida alguma de que a minha reputação de chefe impaciente tenha corrido feito
um fluído para ela. Antes de endireitar-me na cadeira, empurrei os papeis para
o lado especialmente abrindo um espaço na minha mesa.
-
Pode entrar Makenna. – disse. – Deixe aqui, e, pegue um café.
-
Sim senhor.
Ela
rapidamente saiu.
Fiz
uma carranca para a porta logo assim que se fechou. Esperava que ela fosse mais
competente do que as outras.
A
fixa de Celeste Storm era realmente grande, como eu definitivamente não
imaginava. Ela havia trabalhado em tantos lugares diferentes e relativamente
inúteis ao longo da vida, que chegava a ser patético. Embora ela fosse bonita
de rosto, eu duvidava de que sua passagem em tantos empregos diferentes tenham
sido apenas falhas da vida. Essa me parecia como qualquer outra vadia
oportunista, sempre a espreita tentando se aproveitar de qualquer cretino com o
cérebro em uma bagunça ou o pênis duro como um adolescente com tesão.
Ela
havia feito faculdade de administração, poliglota, ostentava os seus vinte e
dois anos, solteira e uma vasta experiência em seu currículo.
Eu
sabia que tinha que novamente fazer o mesmo processo, não estava dirigindo o
cargo quando ela foi contratada por Ryan há quase sete meses. Embora seja um
pouco tarde para avaliar, isso era necessário. Se tinha algo que presava em
minha empresa era a minha competência em dirigir esse império construído com tamanha
maestria pela minha família, e a competência também dos meus empregados. Eu
sempre fui implícito quanto a empregar qualquer um que fosse, apenas pelas
malditas bonitas calcinhas.
Makenna
bateu novamente, e em silêncio caminhou até a minha mesa. Eu ainda analisava os
papéis da Storm e nem ao menos me dei o trabalho de olhá-la.
-
Está forte como o senhor gosta.
-
Deixe aí encima. – ordenei.
-
Sim senhor. – Colocou o café ao lado dos papéis antes de erguer-se reto. – Algo
mais senhor?
Fechei
a pasta empurrando-a para dentro da gaveta ao lado.
Puxei
o copo descartável antes de bebericá-lo.
-
Sim. – ela olhou-me apreensiva. – Quero que chame a Srta. Storm até a minha
sala. Tem cinco minutos. – anunciei.
-
Sim senhor.
Ela
saiu tão de pressa, mas não me surpreendeu como da primeira vez.
Empurrando
os meus cabelos para trás, girei minha cadeira para que pudesse apreciar a
vista de Los Angeles. Era um ponto referencialmente bonito, algo para os
cartões postais da cidade, e o prédio da SC com a sua estrutura moderna tinha
conseguido ainda mais prestigio por ser onde era.
Meu
pai sempre disse que para um homem ser bem sucedido na vida, dê-lhe um bom
lugar e verá o quanto ele pode crescer. Eu acreditava em suas palavras. Sempre
acreditei em tudo que ele disse, e na forma como sempre conseguiu construir
qualquer coisa. Orgulhava-me de ser filho de quem era, neto de quem era. Tinha
orgulho de o meu avô ter sido tão bom construtor ao ponto de mobilizar a
família e construir uma das maiores empresas de construções do país.
Antes
do telefone encima da minha mesa apitar, um observei a silhueta de uma jovem na
mesa da secretária, e julgar pela aparência só poderia ser ela.
“Senhor Schneider, a Srta. Storm está
aqui”.
Apertei
o botão, endireitando minha gravata.
-
Mande-a entrar.
Poucos
segundos depois eu estava circulando a minha mesa, pronto para apertar a mão
dela. Makenna abriu a porta, e silenciosamente deu passagem para uma figura
entrar em minha sala. Eu já estava de pé quando a vi.
Oh...
Porra.
¹
Ela realmente fazia jus ao seu nome. Uma verdadeira tempestade. Um tumulto
fodido de mulher.
Ela
entrou vestido uma saia lápis na altura do seu joelho, uma blusa de seda
escondida embaixo da saia vinho, de finas alças em seu pálido ombro. Os cabelos
escuros amarrados em um coque baixo e os saltos mais sensuais que já vi. Eu
tinha certeza plena de que ela era um problema. Um grande e temeroso problema e
que eu teria que sem sombra de duvida resolver isso logo. Ela ficou parada no
meio da sala, até que Makenna fechou a porta, embora eu tenha achado que isso
levou um longo e tortuoso tempo.
*Storm em inglês significa tempestade.
(Point Of
View Srta. Storm)
Makenna entrou quase
correndo em meu departamento. Deus, como se eu fosse capaz de não nota-la.
Cristo, eu conseguia ouvir os seus saltos batendo contra o mármore a
quilômetros. Embora os olhares dos meus colegas de departamento fossem
totalmente contra a sua falta de decoro, ela não parecia alguém que estivesse
ligando. Sorri quando ela enfiou sua cabeça loira ao redor das paredes da minha
mesa.
-
Por que no mundo está assim, mulher? – ri baixinho sem retirar os olhos do
computador. Ela ronronou como uma gatinha antes de estalar os dedos.
-
Cely, eu acho que alguma coisa vai acontecer. – olhei para ela. – Sabe quando
tenho aquela sensação estranha? – perguntou e eu confirmei com a cabeça. –
Então, eu estou tendo ela agora e, cristo, o chefe está te chamado. Na sala
dele. – ela arregalou os olhos e eu sorri.
-
Acalme-se Makenna, acabei de sair da sala de Bennett.
Ela
estava muito apreensiva.
-
Não o chefe camarada Bennett, mais o chefe que merece um chute em seu traseiro Schneider.
Meus
membros ficaram tensos.
O
dia todo tinha passado sem nenhumas intercorrências, monótono até. Eu não
estava esperando aquela notícia, não hoje, não nunca, não após sete meses. Isso
fez o meu estomago torcer em infinitos desagradáveis nós. Eu já havia
descoberto que o dono da SC era duro na queda, mas não esperava que o seu filho
fosse ainda pior, bem, eu nunca tive que olhar para ele que não fosse de longe,
e tive a felicidade de ser contratada por Bennett antes de cruzar o meu caminho
com Schneider. Por Deus, o homem era como um cavalo. A última coisa que eu
queria no momento era que ele se desse conta de que eu não fui alguém
entrevistado por ele.
-
Cely, er... Eu tenho que te levar até lá.
Makenna
ainda estava aqui, esperando por mim, e com uma breve pausa (talvez grande) eu
me levantei com as pernas trêmulas e segui atrás dela. Makenna tinha o defeito
de permanecer calada em ocasiões onde o que eu mais queria era que ela dissesse
alguma coisa. Entramos no elevador e subi novamente mais dois andares. Quando
as portas se abriram, eu mais uma vez fui tomada por um mundo totalmente
diferente. Não existia mais corredores estreitos e sem vida. Na porta de
carvalho no final do corredor eu notei uma placa de metal com o nome A. D. Schneider
cravado encima do CEO Interprese Schneider. Perguntei-me o que A. D eram. Eu
poderia dizer que estava suando em bicas quando contornando a sua mesa, Makenna
pegou o telefone suspirando. Eu apertei incansavelmente os meus dedos, sentindo
a minha mão gelada, porém úmida.
-
Senhor Schneider – ela disse. – A Srta. Storm está aqui.
Ouve-se
um pequeno silêncio até que ele dissesse alguma coisa.
-
Mande-a entrar.
Eu
estremeci. Sua voz era cortante e grossa. Imaginei o que esse homem poderia ser
em seu interior e as coisas que viam em minha mente não eram muito amistosas.
Makenna
se levantou da sua cadeira, empurrando a porta aberta para que eu pudesse
passar. Lá estava ele, parado ao lado da mesa, de frente para uma gigantesca
parede de vidro, olhando diretamente para mim. Os olhos mais penetrantes que já
tinha visto.
-
Boa sorte. – ouvi Makenna sussurrar antes de fechar a porta.
O
homem de claros cabelos levantou os olhos frios avaliativos. – Srta. Storm. –
ele disse, apontando para uma cadeira na frente da sua mesa. – Sente-se. –
ordenou.
Eu
sentia o sangue pulsar fortemente atrás dos meus ouvidos. Meu coração parecia
trotar em resposta, após ouvir mais uma vez a sua voz, confirmando os meus
piores medos. Engoli em seco incapaz de sequer dizer algo e me movi em direção
à cadeira que ele havia indicado. Schneider pacientemente deu a volta em sua
mesa, sentando-se de frente para mim. Hesitantemente eu me sentei. Sua mesa era
de uma madeira escura e certamente muito resistente coberta por um computador
portátil, a placa de identificação, e dois pesos de papel feitos de aço encima
de uma pilha de papéis.
-
Srta. Storm. – disse ele assustando-me. Eu pude notar o quão verde são os seus
olhos, em contraste com as manchas cor de topázio. – Pude recentemente notar
que uma funcionária teria sido contratada sem a minha avaliação, pelo setor de
Administração de dados indicada pela agência de empregos Best Executive. – ele
lia a minha fixa recém tirada da gaveta. – Foi contratada sete meses atrás pelo
diretor administrativo Ryan Bennett. – olhou para mim. – Estou certo até agora?
Balancei
minha cabeça, incapaz de falar.
-
Usou apenas o nome de solteira da sua mãe. Questões pessoais eu presumo.
-
Não realmente, eu, apenas sempre o uso.
Sua
sobrancelha levantada e a expressão sondando-me na expectativa visível de mais
informações. Eu apenas me encolhi.
-
Entendo. – existiu um momento apenas de silêncio antes que ele voltasse a
falar, lendo mais uma vez a minha fixa. – Formada em Administração pela
Universidade de Southern Califórnia. Nasceu em Toronto e aos cinco anos se mudou
para Los Angeles. Trabalhos anteriores braçais e vasta experiência. Porque não
exerceu a sua profissão logo depois de formada?
Eu
estava atordoada demais para entender tudo tão rapidamente.
-
Eu, eu... Eu só não achei um bom emprego.
- E
o encontrou aqui? – seu tom era grave. Eu tive a leve impressão de que ele
estava sendo impaciente comigo, e de que logo estaria colocando a minha bunda
para fora a ponta pés.
-
S-sim. – murmurei.
Schneider
levantou uma sobrancelha analisando qualquer expressão em meu rosto. Bastardo.
-
Porque não senti realmente confiança no que disse? – aproximou sua cadeira,
colocando ambos os cotovelos encima da mesa. Eu engoli em seco. É preciso de um
esforço sobrenatural para manter-me sentada quieta, mas felizmente eu consigo,
apesar de sentir a grande vontade, gigantesca na verdade, um verdadeiro meteoro
de vontade de sair correndo.
Repassei
todo o meu discurso ensaiado há sete meses tentando com falhas me lembrar de
todas as qualidades que a SC tinha, e finalmente ergui os olhos para ele.
-
Bom, Sr. Schneider, eu tenho certeza de que a SC é uma ótima empresa da qual eu
poderia me beneficiar de experiência caso futuramente precise ampliar o meu
currículo sem trabalhos braçais e exercer a minha profissão como planejado.
Respiro
fundo diversas vezes tentando parecer um ser humano normal, sempre sobre os
olhares atentos de A. D. Schneider. Imaginei o que ele diria se eu apenas lhe
chamasse de A. Tenho certeza de que ele não gostava em seu intimo de sempre ser
tratado com total formalidade como sempre fora desde que assumiu o cargo do seu
pai.
-
Parece bem convencida do que disse Srta. Storm. – abaixa os seus olhos para
mesa, juntando todos os papeis e os empurrando para dentro da minha fixa.
Cristo, eu imploro que ele tenha terminado.
Levantou-se
da cadeira, rodeando a mesa. Perguntei-me o que ele estava fazendo,
analisando-o. Ele se aproximou do sofá grande de couro, certamente mais caro do
que o meu salário anual poderia pagar, parando ao lado de um bar improvisado.
Pegou dois copos virando-os e jogou pedras de gelo, - duas em cada. – A
senhorita aceita um drink? – perguntou-me sobre os ombros.
Oh,
sim. Eu precisava de um drink para relaxar os meus músculos, mas não era o caso
no momento. Praguejei mentalmente em discordância. Eu não poderia aceitar um
“drink” mesmo que do meu chefe em horário de trabalho. O que me leva a pensar
do porque dele estar me oferecendo à bebida quando ele deveria abominar essa
atitude, e, santo cristo, eu sabia que ele abominava. A demissão de Grabs na
semana passada por ter ficado a noite toda na farra e na manhã seguinte
aparecer no meu departamento visivelmente de ressaca foi um dos motivos.
-
Hum, não. Obrigada.
Passou
pela minha cabeça que talvez ele estivesse me testando, e perguntei-me se a
minha recusa havia sido boa ou ruim. Não estava indo perder o meu emprego,
mesmo que ele apenas tivesse aparecido como “temporário”, ainda assim era um
bom emprego e como disse ao Sr. Schneider eu prestigiava a empresa e seria
burra demais se fosse leviana para com ela.
Ele
se virou com apenas o seu copo em mãos.
-
Não bebe? – perguntou investigativo.
-
Não! – eu menti. Tudo bem, talvez não seja uma mentira realmente quando eu
havia dado um tempo das bebidas desde que entrei na SC.
Schneider
mantinha seu rosto sem expressão alguma, caminhou e sentou-se no sofá esticando
o seu braço sobre o encosto. Ele de alguma forma parecia tão despreocupado que
me deixou relaxada por alguns instantes.
-
Porque não se aproxima Srta. Storm, sente-se aqui. – instruiu.
Oh...
Eu
não conseguia imaginar uma situação mais constrangedora do que aquela. O que
ele queria mesmo? Que eu me sentasse ali? Com ele? Ah, Cristo. Isso está
totalmente fora de cogitação.
-
Obrigada, mas estou confortável aqui.
Eu
amassava os meus dedos da mão afundando minhas unhas contra o couro da cadeira.
Schneider estreitou os seus olhos para mim, antes de se inclinar para frente e
submeter-me a vista da sua garganta engolindo o link amarelado em seu copo.
Ele
se levantou, e andou diretamente para mim, parando diante da minha cadeira se
abaixou agarrando os braços da mesma. Seu rosto milimetricamente perto do meu,
sua respiração batendo contra a minha. Eu fiquei com um nó gigantesco na
garganta. Os seus olhos tão severamente dentro dos meus até que eles se
estreitaram com desdém.
-
Vamos direto ao ponto, Celeste.
Eu
estreitei os olhos quando ele disse o meu nome. Onde diabos estava a
formalidade de patrão para empregado?
-
Que ponto? – minha garganta arranhou ao perguntar. Eu temia qualquer que seja
esse seu ponto.
-
Você definitivamente é uma mulher bonita. – seus olhos desceram para a minha
blusa e agradeci por não ser decotada ou larga demais, embora também não fosse
apertada. Ele franziu a boca olhando novamente para mim, seus dentes cerrados
em um assobio. – Posso apostar que esteja nos seus planos receber um aumento de
salário.
Eu
arregalei os olhos. O que ele estava sugerindo ali?
- O
que?
Ele
sorriu. Um sorriso arrebatador que certamente molharia as minhas calcinhas se
eu não estivesse tão sordidamente assustada.
-
Você sabe muito bem do que eu estou falando.
Ele
era muito mais fodido do que Makenna havia me informado. Cretino de uma merda.
O que estava achando de mim? Eu imaginei existir um gigantesco letreiro de neon
sobre a minha cabeça escrito: Vadia à procura de um CEO cheio da grana.
Engoli
com certa dificuldade antes de lhe dirigir a palavra.
-
Não estou entendendo senhor.
Ah,
até parece. Eu apenas precisava ter certeza.
- Eu
posso ver isso. – ele quase rosnou através dos seus dentes brancos alinhados em
perfeição. O cretino nem deve ter frequentado um consultório odontológico no
colegial. – Tenho certeza de que uma noite de sexo será o suficiente para lhe
causar entendimento. Será bem recompensada no final do mês.
Eu
afundei com mais força minhas unhas na poltrona antes de libera-la das minhas
garras e com toda a raiva que sentia soquei meu punho contra o seu nariz sem
pudor algum. Ele automaticamente cambaleou para trás e xingou tão alto que
imaginei todo o prédio adentrando a sua sala em questões de segundos. Retirou a
mão do rosto e com infelicidade eu constatei que não havia sido tão forte
quanto eu pensava. Não estava sangrando.
Levantei-me
da cadeira observando-o pairar quase sobre mim.
-
Você é realmente um filho estupido de uma cadela, Schneider!
Ele
me olhava com raiva, ódio e mais alguma coisa que eu não consegui identificar.
Admiração? Não. Eu estava imaginando coisa. O desgraçado tinha me proposto sexo
por dinheiro, eu não estava indo perder a minha dignidade nem vender o meu
corpo. Não tinha passado anos estudando para no final ser tratada como uma
cadela de esquina.
-
Você acabou de me socar? – sua voz rugia com força. Sustentei minha postura,
antes de empurrar a cadeira para trás e afastar-me dele, dirigindo-me para a
porta.
-
Considere muito bem feito. Eu poderia fazer pior e redigir uma carta formal
para os acionistas e o meu real chefe
indicando a sua má conduta e apresentar uma ação de assédio. – eu já estava
quase na porta, e ficar ali dentro com aquele bastardo filho de uma cadela não
estava me deixando respirar normalmente. – Mas acredito que isso poderia
queimar o nome da empresa e certamente eu aprecio o trabalho da sua família ao
longo dos anos. O que me leva a pensar que não gostaria de ver o desapontamento
dos seus pais diante dessa acusação, embora eu apenas queira vê-los comer a sua
carne.
Ele
me encarou com os punhos fechados esticando o terno certamente caro sobre os
seus bíceps. Maldito cretino gostoso.
-
Agora, se me der licença.
Antes
que ele pudesse dizer alguma coisa eu abri a porta e coloquei-me quase correndo
para fora da sala. Assim que a fechei, foi como se uma lufada de ar estivesse
entrando novamente dentro dos meus pulmões. Nem havia reparado em Makenna
diante de mim, olhando-me de maneira assustada.
-
Deus Cely, o que aconteceu? Eu consegui ouvir o grito do Sr. Schneider como uma
potente caixa de um maldito som.
Quase
xinguei quando disse:
- O
seu chefe é um bastardo fodido, convencido até o último fio do maldito cabelo
provavelmente sedoso, se achando o Deus do universo. Cretino!
Ela
ainda estava apavorada, mas não evitou que soltasse um pequeno riso.
- Eu
sei. – sussurrou.
Passei
a mão pela minha roupa arrumando-a antes de tomar uma decisão.
-
Escute, ajude-me a levar minha caixa até o taxi?
Ela
suspirou cansada.
-
Ele demitiu você?
-
Não me disse, mas eu sei que o vai. Dei-lhe um murro e certamente eu poderia
estar indo ser processada por isso. – ela arregalou os olhos.
-
Foi por isso o seu grito? – perguntou assustada.
-
Totalmente!
Olhei
de esgueira para a porta, antes de me afastar.
- Eu
já vou até lá. Deixe-me encontra-la na recepção. – anunciou silenciosamente
quando o telefone tocou. Eu podia jurar que era o maldito bastardo querendo a
minha bunda.
Controlando
minha respiração todo o caminho ao elevador, ouvindo os meus saltos baterem
contra o mármore.
Makenna fez o favor de
me tomar um taxi enquanto tentava equilibrar a pesada caixa com as minhas
coisas que antes habitavam sobre a minha antiga mesa, do meu antigo trabalho.
Oh porra! Era até deprimente pensar que tanto esforço para entrar na SC tenha
ido pelo ralo quando por divertimento apenas o desgraçado do meu real chefe
quis comer a minha bunda e de sobremesa degustar da minha querida amiguinha. Que
diabos havia de errado comigo afinal?
Atordoada
eu tropecei para dentro do taxi empurrando a caixa pesada de papelão para o
banco, antes de murmurar o endereço do meu prédio ao taxista nada humorado. Ele
me olhou pelo retrovisor antes de fazer uma estranha careta.
Homens! Eu estava
totalmente farta deles.
(Point Of
View Sr. Schneider)
Inferno.
Ela
era uma dor na bunda, mas certamente uma dor na bunda digna.
Sentei-me
na cadeira inclinando-me e aspirando o ar profundamente antes de obter uma ligação
para a secretária e pedir para que a Srta. Storm retornasse a minha sala. Iria
me retratar com ela e desculpar-me pelo ocorrido – mesmo que eu fosse
totalmente contra após ela socar-me como uma vadia estupida de uma gangue. Eu
tinha levado alguns minutos apenas tomando algumas respirações quando bateram
em minha porta e Makenna anunciou Bennett e sua entrada. Eu poderia jurar que
ele estava aqui para colocar a merda para fora de mim.
-
Com licença. – Makenna murmurou antes de fechar a porta atrás de Bennett. Ele
por sua vez, nada disse até aproximar-se e sentar-se na mesma cadeira que a
Srta. Storm estava há alguns minutos atrás.
- O
que fez com a minha funcionária Aaron?
-
Por que eu faria algo? – eu perguntei inocentemente vendo-o inclinar sua cabeça
para o lado e analisar-me.
-
Certamente por que eu o conheço bem.
Bufei.
-
Não importa o que tenha acontecido eu a quero em meu departamento novamente.
Ela era uma boa funcionária. – não existia malícia em sua voz o que me levou a
imaginar que certamente Satanás era boa. Aquele era um nome propício para o
caos em pessoa.
-
Não fale como se eu a tivesse demitido. Eu não a fiz.
Ele
riu cínico.
-
Tem certeza? Por que me parece que o fez quando a vi sem explicação alguma
entrar em um taxi com uma caixa onde certamente estavam todas as suas malditas
coisas.
-
Bom ela deve ter ido descarregar suas malditas tralhas em algum lugar insólito.
– argumentei.
-
Não seja tão cretino ao ponto de realmente achar que pode me ludibriar. Esses
seus métodos de entrevistas medievais estão começando a me fazer querer chutar
a sua maldita bunda.
Eu
abri minha boca para argumentar, mas, eventualmente, apenas deixei escapar um
gemido irritado, em vez disso.
-
Escute, peça a sua secretária para ter o seu numero e ligue para ela. Creio que
algo assim mereça um pedido de desculpas um pouco menos formal.
Cristo,
não estava acreditando que estava passando por esse calvário.
- Eu
acredito que isso vá além da real situação. – resmunguei pegando o telefone.
Ryan revirou seus olhos desdenhosos arrumando sua gravata preta antes de dobrar
as pernas tomando uma maneira mais confortável de assistir a minha desgraça.
(Point Of
View Srta. Storm)
Oh
droga!
Praguejei
assim que tropecei contra um vaso fodido de uma planta. O meu dia havia sido
tão malditamente horrível que imaginei o que mais iria me acontecer. Maldição.
Calculei quanto tempo seria gasto até que eu pudesse correr em direção da minha
cama e causar uma morte sob a minha bunda até desmaiar por completo.
Acendi
algumas luzes até cambalear para dentro do meu quarto, eu estava cansada e com
os malditos pés doloridos pela caminhada. A droga do taxi tinha estacionado
longe por problemas no motor o que me custou uma puta caminhada até o meu
prédio. O que não me impossibilitou de empurrar o inferno para fora quando vi o
estado que estava a minha cama. Meu delinquente irmão estava em seu quarto e
ocasionalmente deve ter passado pelo meu. Bastardo!
-
Ian! – gritei para ele. – Traga a sua bunda até aqui.
Por
Deus, ele não estava com os seus usuais fones de ouvidos e aquela barulhenta música
estridente. Escancarou a porta com a sua bagunçada cabeça escura e olhos
preguiçosamente abertos.
- O
que está fazendo em casa a essa hora? – resmungou.
-
Não importa. Quero saber o que você pirralho pervertido estava fazendo no meu
quarto. – apontei em direção a minha cama e os olhos de Ian acompanharam o meu
dedo.
-
Ah, eu... – coçou sua nuca. Culpado! – Bom, eu só fui... – fechou a porta se
aproximando de mim. – Eu estava caçando uma camisinha no meio das suas malditas
tralhas. Antes que coloque um amortecedor encima dos meus bons momentos, eu não
transei na sua cama. – tomou como necessidade me explicar sobre isso.
Antes
que eu dissesse alguma coisa ele abriu a porta e empurrou o seu corpo atlético
típico de capitão de basquete do colegial e eu pude vislumbrar uma silhueta
feminina dormindo sobre a sua cama. Meu irmão era um maldito fodedor de
dezessete anos.
Entrei
em meu quarto retornando com a maldita dor na bunda. Que merda eu estava
pensando quando tinha chegado à porcaria da casa? Ah, sim. O meu fodido antigo
emprego.
Cai
exaustivamente da cama quando surpresa empurrei o inferno para foda de mim e
atendi relutante a chama de Makenna. Eu tinha dormido a tarde inteira e mesmo
assim ainda me sentia como um bolo de merda.
“Traga a sua bonita bunda até aqui” Eu rosnei
empurrando as cobertas para o lado e sai da cama.
- O
que você quer?
“Vamos colocar a merda para fora de você
como duas cadelas duronas que somos. Tome um taxi e desça no Country”. – instruiu.
- Você
é um pé no meu saco. – eu rosnei empurrando uma calça jeans pelas pernas
apoiando o celular com o meu ombro. Ela riu no fundo desligando-o na minha
cara. Isso foi rude.
Cacei
a primeira jaqueta que encontrei e sai do quarto. A casa estava silenciosa, o
que me levou a pensar que Ian talvez ainda estivesse com a garota embaixo da
sua bunda. Rabisquei um rápido bilhete para ele e o pendurei na geladeira.
(Point Of
View Sr. Schneider)
Ryan
levantou-se da mesa alegando ir ao banheiro. Eu observei Jason e Leon
conversarem sobre contabilidade enquanto sorviam as suas bebidas. Tinha sido um
dia de merda para mim e tal como ele ainda não havia acabado. O lugar estava
escuro como o inferno e as batidas frenéticas pareciam querer propositalmente
explodir o meu cérebro, mas eu não estava indo ficar em casa pelo resto da
noite.
Quando
Jason e Leon alegaram precisarem ir e eu empurrei maldições para fora até que
eles estivessem fora das minhas vistas. Ryan ria silencioso do meu lado
enquanto fazia pedido de mais duas doses. Eu estava começando a enxergar turvo
e sentir meus membros pesados graças ao poderoso álcool daquela maldita Jack.
Ryan merecia um murro meu se estivesse em perfeito estado.
Oh...
Porra! Eu não estava tão bêbado ao ponto de imaginar ver a Srta. Storm passar
pela multidão com a minha tímida secretária em suas costas.
Inclinei
meu corpo sobre a grade de proteção do segundo andar tentando enxergar mais
claramente e puta merda, era Satanás em carne e osso e uma pequena peça de
blusa, enfiada em um par de jeans apertado e provocador.
- O
que fez? – Bennett inclinou do meu lado olhando assim como eu as pessoas em
suas mesas no andar de baixo até que ele assistiu a Srta. Storm sentando-se em
uma mesa e empurrar uma bolsa para a cadeira ao lado. – Vejamos como San
Francisco é pequena. – Ryan murmurou ironicamente empurrando o seu corpo contra
o acolchoado da cadeira. Eu evitei encara-lo. Bennett era temperamental.
Empurrei
minha maldita Jack garganta a baixo, antes de jogar minha bunda para fora da
mesa. Ela não havia atendido nenhuma se quer ligação da empresa e consequentemente
nem a da minha linha pessoal. O que me fez pensar o quanto Satanás era uma
grande cadela durona e orgulhosa. Deus, eu estava querendo me retratar com a
mulher.
-
Você quer falar com ela aqui? – Ryan perguntou assustado. Não lhe respondi e
fiz a volta em torno de algumas pessoas paradas na escada e descendo até o
primeiro andar.
Andei
no meio das mesas e cadeiras sendo esmagado por algumas pessoas indecisas se
dançavam ou ficavam paradas feitas estupidas estatuas. Inconscientemente passei
os dedos pelo cabelo arrumando-os tentando manter a minha aparência de CEO importante
que havia assediado a funcionária.
Quando
me aproximei da mesa delas, Makenna olhou-se assustada. Eu quis empurrar o
inferno para fora dela pela sua reação exagerada.
“É o Schneider!” eu a ouvi dizer
para Satanás que rapidamente se virou para mim. Eu parei abruptamente de andar
preso nos olhos escuros ela. Satanás me olhava tão malditamente raivosa que
pensei ser melhor sair correndo. Praguejei ao olhar para trás e ver Bennett
cruzar os braços me avaliando. Maldito bastardo.
-
Mas o que é isso?
Satanás
perguntou encarando-me com raiva. Eu respirei fundo antes de me aproximar
realmente dela.
-
Srta. Storm. – a cumprimentei.
-
Podemos ir para outro lugar Cely. – Makenna ofereceu a Satanás e eu só pude lhe
lançar um olhar ameaçador. O que ela estava pensando? Eu deveria empurrar o
inferno para fora dela e de Satanás. Eram duas dores na minha maldita bunda.
-
Não, aqui está ótimo. – Satanás se virou sem ao menos me cumprimentar de volta.
– Tenho certeza que nenhum bastardo medíocre estaria indo nos provocar.
Satanás
disse alto o suficiente para que eu escutasse. Vadia. Eu sentia a puta vontade
de puxar aquela cadela durona para mim.
- Com
licença. – puxei a cadeira ao lado dela, colocando sua maldita bolsa em meu
colo. Celeste olhou para mim com raiva suficiente para empurrar merda para
fora. – Estou tentando falar com a senhorita a tarde toda, desde que
simplesmente sumiu do meu escritório.
Ela
olhou ao redor procurando algo.
- O
que faz? – indaguei ficando ligeiramente nervoso.
-
Estou procurando as câmeras. – revirei os olhos.
-
Escute, eu queria me retratar.
-
Ah, mas é claro. Quantos Jacks o Sr. Schneider já tomou? – debochou. Ela não
estava indo ser alguém tolerante.
-
Isso não importa!
-
Importa quando um bêbado vem falar comigo, e por coincidência esse mesmo bêbado
tentou tomar a minha bunda em sua sala.
Que
boca suja! Eu desejei toma-la e fazê-la se calar por conta própria. Respirei
fundo antes de me dirigir para Makenna que ainda encarava a nós dois. Puxei um
guardanapo de cima da mesa, pescando minha caneta. Rabisquei algumas palavras
para Ryan. – Makenna você poderia entregar isso ao Sr. Bennett? – perguntei.
Ela me olhou com a sobrancelha inclinada.
-
Não! – Satanás respondeu. Encarei-a. – Makenna não está em seu horário de trabalho.
Claro, caso queira lhe pagar uma hora extra.
Maldita
boca.
-
Tudo bem. – resmunguei. – Makenna leve esse pedaço inútil de papel ao Sr.
Bennett! – eu exigi e ela arregalou os olhos. O que seria apenas uma pequena
taxa de hora extra quando eu estava ali tentando me impor?
-
S-sim, senhor! – assustada ela se levantou da mesa, pegando o papel da minha
mão. Endireitei minha maldita bunda sobre a cadeira, colocando a bolsa de
Satanás na outra.
- Traidora.
– ouvi Satanás resmungar.
-
Podemos conversar agora.
Ele
me parou, parecendo furiosa.
- O
que é que você e sua maldita boca querem?
-
Como eu disse quero me retratar. – comecei. – Ryan me disse que você era uma
ótima funcionária.
A
raiva sumiu, substituída por incredulidade.
- Eu
não acredito nisso. – revirei os olhos. – Você sabe reconhecer algo de alguém?
-
Maldição Celeste! Pare de ser uma imbecil. Eu estou tentando ser legal com
você.
-
Tentando ser legal comigo? – ela perguntou. – É mais seguro para você que ainda
seja o mesmo filho de uma cadela de antes.
- E
pra você seria mais seguro se mante-se sua maldita boca de gralha quieta.
-
Você está me ameaçando? – perguntou incrédula.
Cristo...
-
Não, eu não estou...
- Eu
tenho uma lâmina dentro da minha bolsa. Você deveria prestar atenção em si
mesmo.
-
Olha como estou tremendo.
-
Idiota sarcástico!
-
Preste atenção. – soquei a mesa com um pouco mais de força. Ela cruzou os
braços fitando-me. – Mesmo depois da porcaria do murro que você me deu, -
merecido eu confesso. Não a demiti! – ela agora parecia surpresa.
-
Não?
-
Não! – respirei antes de dizer. – Mesmo você sendo uma dor na minha bunda eu
não a demiti. Ganhe isso como mérito por ser integra.
Maldita
boca.
- E
você reconhece isso por eu não ter aberto as minhas pernas para você? –
duvidosa, ela inclinou-se sobre a mesa. Meus olhos acompanharam o seu movimento
observando seu decote proeminente. A louca é uma dor na bunda, mas tem belos
atributos.
-
Maldição, sim! – eu quase rosnei.
Satanás
estava me provocando, eu sabia. O sorriso de escarnio no canto dos seus
malditos bonitos lábios me deixou a par da situação. Desviei os meus olhos
dela, tentando mirar em seu rosto. Observei atrás dela Bennett que descia
escoltando Makenna. O que assustou o inferno para fora de mim, não imaginava
que eles fossem íntimos ao ponto de saírem juntos.
- Se
eu não estou demitida, não preciso empurrar essa merda para fora. – puxou sua
bolsa depois de incontáveis malditos segundos de silêncio. Olhei para ela com
desdém após beber todo o meu Jack recém-pedido. Eu a observei levantar sua
bunda da cadeira e arrumar a bolsa em seu ombro.
-
Vejo você amanhã, chefe? – eu podia sentir o tom irônico em sua voz, mas estava
malditamente bêbado para ir contra. Eu acho que acenei, de toda forma ela saiu
rebolando aquela bunda certamente gostosa. Pelo menos eu havia batido a merda
para fora e feito o que Ryan havia me pedido. Ela era uma cadela durona
temperamental, embora felizmente flexível.
(Point Of
View Srta. Storm)
Empurrei
a minha maldita caixa encima da mesa antes de desabar sobre a cadeira. Eu tinha
trago essas coisas inúteis novamente. Ok, talvez não sejam tão inúteis quando
diariamente eu precise delas. Empurrei o inferno para fora quando Bennett saiu
da sua sala e caminhou diretamente até a minha mesa, colocando sua cabeça entre
as paredes da minha mesa.
-
Seja bem vinda de volta, Srta. Storm!
Sorri
educada. Ele era um bom chefe, diferente do Schneider.
-
Obrigado, Sr. Bennett.
- Só
Bennett, sem o senhor. – alisou sua gravata. – Pareço assim tão velho? – eu ri.
-
Não senhor... Quer dizer, Bennett.
- Eu
ainda estou na casa dos vinte, - partindo para os trinta, mas ainda sou novo,
ou não?
- É
sim.
Ele
se sentou na minha mesa, pegando o meu peso de papel.
-
Diga-me Srta. Storm, a senhorita Gerard estava esperando um acompanhante na
noite passada?
Eu
sabia que a traidora da Makenna havia ido para casa com ele, ela tinha me dito
que fora algum pedido idiota de Schneider, todavia não me ocorreu que eles
estivessem flertando um com o outro.
-
Não.
Ele
estava passional.
-
Por um pedido de Aaron eu a levei para casa, - Aaron? – Espero que não tenham matado um ao outro. – ele riu. Então
era esse o nome dele? Aaron?
Eu
sorri nervosa.
-
Não ocorreu.
-
Que bom! – levantou da mesa. – Venha até a minha sala, - pediu. – Minha
secretária até agora não chegou, então terei que usufruir da sua boa vontade
para que entregue alguns papéis para mim.
Levantei-me
prontamente para segui-lo.
Apertei o botão do fodido elevador que
demorava mais do que tudo no mundo. Estava com os papéis de Bennett na mão com
a missão de deixa-los na mesa de Makenna, ou de Schneider. Lembrei-me de
pesquisar o que D significava em seu nome.
Finalmente
as portas de metal deslizaram no meu andar e antes que eu pudesse entrar,
visualizei o Sr. Schneider encostado na parede de aço com os seus olhos
vidrados em algo, em mim. Senti a saliva descer arranhando a minha garganta. Relutantemente
eu entrei no elevador, apertando o botão para o seu andar. Quando as portas se
fecharam, senti que Schneider estava mais próximo de mim do que antes.
Cristo,
nunca tinha reparado como o seu cheiro era tão sordidamente hipnótico.
-
Está indo para o meu andar, Srta. Storm?
-
S-sim.
Oh,
porra! Porque minha voz tinha que falhar? Não havia nenhuma porra no mundo que
me fizesse sentir tesão pelo meu chefe.
Ouvi
o desgraçado rir.
- Do
que você está rindo?
Acho
que a minha voz soou tão forte, pois em seguida, o elevador sacudiu, parou e tudo
ficou um breu lá dentro, exceto pela fraca luz vermelha acesa na parede. Eu me lembrei
de inutilmente algo que sempre me apavorava quando o assunto era um elevador.
Eu era claustrofóbica.
-
Oh, porra! – ouvi Schneider resmungar no escuro e alguma parte do seu corpo
roçar contra o meu para inutilmente socar os botões no painel.
Eu
tropecei para o canto do elevador, semicerrando os olhos abaixei minha cabeça
nas mãos contando até dez, tentando não esquecer-me da minha respiração
técnica. O espaço confinado do elevador foi uma coisa trabalhada em anos de
terapia, assim como qualquer lugar com menos de cinco metros de largura, ficou
no passado eu reconhecia, mas espaços confinados sem luz? De jeito nenhum! O
aperto no meu peito me disse que eu estava completamente fodida.
Ouço
Schneider praguejar mais algumas vezes, e socar a maldita porta do elevador.
Oh, não. Apenas de lembrar que estou dentro de um, sinto-me como se fosse
vomitar todo o meu café da manhã.
-
Foda-se! – ele rugiu. – O celular está sem área!
Eu
vejo um pequeno feche de luz de onde ele acende a tela do seu Black Barry. Eu
puxo o meu celular do bolso da minha saia e um gemido escapa da minha boca quando
o meu também está sem área.
Toma-se
um silêncio interminável. Eu respiro bruscamente, uma, duas, três vezes, o que
parece ser fodidamente inútil.
-
Traga a sua bunda até aqui. – o ouço dizer em meio à escuridão. Eu não sei se
estou consciente de que ele disse isso realmente, nem se foi para mim. – Você
não está respirando Celeste.
Sim,
isso definitivamente foi comigo.
- Eu
estou bem. – murmuro.
-
Não, não está!
Antes
que eu possa se quer notar, ele está contra mim, prendendo meu corpo contra a
parede de ferro. Eu tento buscar o seu rosto, mas apenas existe o escuro.
Merda!
-
Eu... Não precisa.
-
Cale a boca.
-
Você é um fodido bastardo!
-
Você gostaria que eu me afastasse e deixasse que morresse seca? – Schneider
perguntou, zombando de mim.
- Vá
para o inferno! – Respondi.
- Eu
já estou lá!
Era
isso. Eu o empurrei. Eu tinha toda a intenção de bater a merda para fora dele.
Não me ocorreu que ele era o dobro do meu tamanho. Eu consegui derrubá-lo fora
de equilíbrio, mas seus braços envolveram ao redor da minha cintura enquanto
ele cambaleou para trás, batendo contra a parede de aço no processo.
Eu
sentia o peito dele bem na minha cara. Eu de alguma maneira consegui puxar meus
olhos para longe disso, então eu poderia concentrar olhar em seu bonito rosto,
se não estivesse tudo tão escuro. – Vadia. – ele rosnou.
-
Bastardo. – eu sussurrei com raiva.
-
Merda. – ele bateu seus lábios contra os meus.
Sem
pensar duas vezes, enfiei meus dedos em seus cabelos, agarrando-os em meus
punhos. Ele se separou de mim, deixando-me em meus pés e puxando minha blusa
sobre a minha cabeça. Então ele jogou o seu celular contra o chão antes de me
puxar de volta para ele. Nossas mãos estavam por todos os lugares, livrando-se
de qualquer roupa que estava no caminho. Assim que minha calcinha caiu no chão,
eu pulei encima dele, envolvendo minhas pernas em sua cintura quando ele
agarrou minha bunda.
- Eu
deveria odiar você. – Eu lembrei-o, durante um dos poucos momentos em que minha
boca não estava ocupada.
-
Cale a boca. – ele respondeu.
-
Faça-me. – prendi um grito quando ele enfiou um dedo em mim. Foi muito não
Celeste, então fiquei um pouco frustrada.
-
Filho de uma puta! – Eu o senti sorrir contra o meu pescoço. Dois poderiam
jogar esse jogo. Eu abaixei minha mão entre nós, procurando uma coisinha para
agarrar um aperto... Só que não era tão pequeno.
(Point Of View Sr. Schneider)
Nós
mal conseguíamos respirar sem que estivéssemos grudados em um beijo. Eu a
pressionava contra a parede de metal.
-
Você sabe, isso não é muito confortável.
Eu
empurrei minhas calças para o chão. – Você realmente se importa?
-
Não, só conversando. – ela respondeu, sendo a dor na bunda que ela é.
-
Não converse. – eu empurrei dentro dela com um gemido.
Suas
pernas envolveram ao meu redor, me puxando para mais perto.
-
Aaron. – ela choramingou quando eu a tive forte contra a parede.
-
Cale-se Celeste. – eu respondi, sabendo que ela diria alguma coisa para me
enviar sobre a borda antes que eu estivesse pronto.
-
Mas eu... – ela ofegou. – Eu queria... – eu cobri sua boca com a minha,
beijando o inferno fora dela e esperando que ela esquecesse o que ela queria
dizer. – Obrigada. – ela ofegou. – Por mais cedo. – parei todo o movimento,
suas palavras doces me pegando desprevenido. – Maldito seja, Schneider, se você
parar agora, eu vou te matar.
Sacudi-me
fora disso, batendo-me dentro dela novamente.
Sua
libertação despertou a minha. Envolvi meus braços em torno dela e a levei para
longe da parede, sentando-nos no chão. Nós estávamos respirando pesadamente e
eu podia sentir o calor da sua respiração contra o meu pescoço.
-
Temos que... – ofegou. – Nos vestir.
- Eu
sei. – murmurei.
-
Eles já devem estar arrumando as coisas. – ela disse.
Meus
braços instintivamente apertaram o seu aperto. Eu não estava certo por que, mas
eu não queria que ela fosse. – Eu sei. – eu disse calmamente antes dela se
levantar e procurar por suas roupas no escuro. Eu apenas empurre meu membro
para dentro fechando o zíper da minha calça.
Ficamos
ali em silêncio por alguns minutos até que a luz se estabeleceu e com um
solavanco o elevador ligou retornando o seu trajeto. Eu a observei tentar
arrumar inutilmente os seus cabelos escuros enquanto ajeitava a barra da saia.
Ela estava uma completa bagunça e certamente com cara de quem havia acabado de
foder.
Quando
a porta se abriu algumas pessoas estavam na frente do elevador o que certamente
me causou preocupação. E se alguém tivesse escutado algo? Droga! Eu não
conseguiria obter respeito quando eu mesmo não o dava, começando pelo sexo no
elevador com Satanás.
Satanás
saiu primeiro passando pelas poucas pessoas no hall antes de seguir para a mesa
de Makenna que nos olhava preocupada.
Segurei
firme a minha maleta seguindo para a minha sala. Passei por elas fingindo não
nota-las. Certamente comentariam sobre isso. Quando fechei a porta do meu
escritório eu senti algo estranho se remexendo em meu estomago. Porra!
Empurrei
minha maleta para cima da mesa, jogando-me exasperando sobre a cadeira. Essa
mulher estava ferrando com a minha cabeça. Como se já não bastasse ter me
proporcionado algumas punhetas na noite passada, ela ainda tinha que se abrir
para mim? Satanás era realmente uma dor na minha maldita bunda.
Alguns
minutos depois minha porta se abriu seguida de dois toques. Era Satanás em
pessoa parada nela.
Olhei
de relance para Makenna que visivelmente fingia não perceber as intenções de
Satanás e mandei que ela entrasse. Em meu intimo eu esperava que houvesse uma
segunda rodada embora ela apenas tenha se aproximado batendo alguns papéis sobre
a mesa. Olhei deles para ela.
- O
que são isso?
-
Papéis. – revirou os olhos. – Bennett mandou entregar isso para você.
- E
porque não me entregou no elevador? E por que Bennett estaria mandando você
entrega-los, não a secretária dele?
-
Quantas perguntas homem! Primeiro porque eu esqueci. – jogou um olhar irônico
para mim. – Segundo porque a sua secretária é muito incompetente para acertar o
seu relógio.
Olhei
para os papéis novamente olhando de relance para ela. Ainda estava uma confusão
de foda. Senti o meu pau formando uma barraca em minhas calças com a visão de
Satanás recentemente fodida.
-
Hm, ok. – murmurei.
- Eu
estou saindo às seis e meia. Encontro você do lado de fora nessa hora.
Ergui
os meus olhos para ela. – Do que diabos você está falando?
Ela
já estava seguindo de volta para a porta. – Eu dei sexo a você. Você, pelo
menos, vai me comprar um sorvete.
-
Bunda louca. – eu rosnei, vendo-a se virar e me jogar um dedo do meio. A louca
seguiu para a porta. – Onde está a sua integridade afinal de contas?
Ela
se virou para mim, com a porta entreaberta. – Se perdeu no elevador. – Ela
sorriu antes de perambular para fora da minha sala.
Ela
definitivamente estava ali para ferrar com a minha maldita cabeça e ser aquela
maldita dor na bunda que estava acostumada a ser.
Eu sigo e eu chego primeiro. Não apague o blog, se não irá apagar o meu coments, e isso não é jutos. Ahh... Eu amei, eu amei, eu amei. Tô parecendo aquelas pessoas meio histéricas, mas eu realmente amei toda essa one. Aaron, esse nome tem poder.uahauha... Satanás é um fodida sortuda com um homem desse interessada nela. Ficou perfeito baby, e eu já lhe disse isso. Está tudo surreal! Amei mesmo!!!
ResponderExcluirBeijos!
nossa eu realmente amei kkk to partindo pra outra adorei suas originais mais achei a escrita um pouco complicada, não entendi o que é dor de bunda, mais enfim tirando isso eu realmente amei tudo do faltou um pouquinho a mais de hentai tbm kkkk bjooo*-*
ResponderExcluireu acabei de ler agora e simplesmente ADOREI!!!! achei o nome Aaron bem sexy....
ResponderExcluirOk! Vou começar pelo final que na minha opinião foi a melhor coisa! Putz!!! Amei ela se convidando para sair com ele... Foi o final perfeito!
ResponderExcluirAgora sobre o inicio, Sério, se eu sei de alguém que me chama de satanás... Ah, eu viro o demônio atrás dessa pessoa! e que filho de uma boa mãe, propondo sexo no primeiro encontro?! Amo/sou....
Não sei se gostei mais desse ou do outro...
Bjos Baby.